Noite de homenagear a primeira mulher negra a assumir um mandato em um parlamento estadual. Também é a primeira deputada negra do Brasil. A terça-feira (28) foi a data que marcou os 71 anos de morte de Antonieta de Barros. Um evento no hall da Assembleia Legislativa relembra a memória da mulher que marcou a história de Santa Catarina. A proposição é do deputado Marquito (Psol) e da deputada Luciane Carminatti (PT).
Intitulado Antonieta Vive, a homenagem se estendeu a parcela de contribuição à cultura catarinense. De acordo com o proponente, deputado Marquito, esse é o momento de gerar reflexão sobre tudo que Antonieta de Barros proporcionou à educação, comunicação e igualdade social. “Algumas pessoas aqui têm a responsabilidade de resgatar a história de Antonieta e que elevasse ela como heroína do povo brasileiro.”
O parlamentar também destacou que, entre os motivos da moção de aplauso, aprovada na Casa, também está a necessidade de reforçar a imagem de Antonieta de Barros no interior da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A intenção é dar mais destaque às peças que são referenciadas à imagem de sua memória. Entre os itens está o seu busto da deputada.
As placas de homenagens foram entregues à Associação das Mulheres Negras Antonieta de Barros e familiares da parlamentar. Na ocasião, também foi apresentada a obra literária biográfica que remonta a história da também professora e jornalista. O livro foi elaborado por Jeruse Romão. “Estamos instalando Antonieta na casa dela, a primeira parlamentar do Sul do Brasil e que ainda carece de uma visibilidade no seu território”, enfatizou.
O evento marcou ainda a abertura da exposição em homenagem à memória da mulher que se tornou referência na política catarinense. A mostra fica disponível até o dia 7 de abril. Além de peças já conhecidas, no Centro de Memória do Palácio Barriga Verde estão disponíveis documentos e até medalhas recebidas por Antonieta ainda em vida.
Paulo Cesar
AGÊNCIA AL