“Oi, meu nome é Maria. Conheça a minha história e transforme o futuro da sociedade.”
A nova campanha do Ministério Público de Santa Catarina, que será lançada neste Dia Internacional da Mulher, 8 de março, vai levar até escolas de diversas regiões do estado informações sobre o combate à violência contra as mulheres e as questões relacionadas à Lei Maria da Penha, como direitos, garantias e medidas de proteção.
Por meio de palestras, Promotores e Promotoras de Justiça que atuam na área da violência doméstica falarão com adolescentes sobre a importância de combater esse tipo de crime e como prevenir, além de informar os professores sobre a rede de atendimento local e sensibilização sobre o tema. As primeiras palestras confirmadas irão ocorrer em escolas dos municípios de Paial, Itá, Lages e Abelardo Luz.
Também no dia 8 de março, às 14 horas, o MPSC se reúne com a Secretaria Estadual de Educação para discutir a inclusão do assunto no currículo escolar do estado, a exemplo do que já ocorre nas escolas públicas de Capinzal, Ipira, Ouro, Lacerdópolis e Piratuba a partir da atuação da Promotoria de Justiça.
A ideia da campanha “Oi, meu nome é Maria” foi desenvolvida pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar e contra a Mulher em razão de gênero (NEAVID) do MPSC em razão da Lei 14.164, de junho de 2021, que alterou a Lei nº 9.394 de 96 (a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Além de incluir a prevenção da violência contra a mulher como tema transversal nos currículos da educação básica, também instituiu a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher, a ser realizada no mês de março, em todas as instituições públicas e privadas de ensino.
“A campanha neste ano, dirigida a adolescentes e jovens, a partir da história da Maria da Penha, propõe a reflexão sobre o que é violência contra a mulher, para que possamos entender e ajudar a vítima e dar o suporte necessário para ela conseguir tomar a decisão de romper com o ciclo da violência. Mas a campanha vai mais além, busca provocar o debate e problematizar a naturalização da desigualdade e da violência contra a mulher. Afinal, a conquista da igualdade e de uma vida livre e livre de violência só será possível quando mulheres e meninas possuírem poder de decisão e representação, acesso à educação e desenvolvimento sadio”, frisa a Coordenadora-Geral do NEAVID, Procuradora de Justiça Cristiane Rosália Maestri Böell.
“Trabalhar violência doméstica contra a mulher junto à comunidade escolar certamente tem um diferencial. A violência contra a mulher por muito tempo esteve na estrutura da sociedade, quando se vivencia isso na família e no meio que se relaciona, por vezes a história se perpetua e torna mais difícil quebrar o ciclo da violência, tanto para a vítima quanto para o agressor. Por isso é importante falar sobre isso nos ambientes escolares, mostrar o que é a violência, suas consequências e, principalmente, como viver sem ela”, explica a Promotora de Justiça e Coordenadora-Operacional do NEAVID Lia Nara Dalmutt.
🎙️ Ouça a Promotora de Justiça e Coordenadora-Adjunta do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, Lia Nara Dalmutt. https://bit.ly/3IKDeGC
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