Notícias > Projeto do TJ, UFSC e Prefeitura inicia reflexão com autores de violência doméstica

7 de maio de 2024

Homens debatem machismo, violência e masculinidade  

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Prefeitura de Florianópolis iniciaram nesta semana (29/4) um novo grupo reflexivo com 17 homens autores de violência doméstica. Fruto de uma parceria entre o TJ e a universidade, os grupos são formados por autores de violência contra as mulheres que, nesses encontros semanais em espaço disponibilizado pela Prefeitura, têm a oportunidade de refletir e repensar suas atitudes a partir de um diálogo coordenado por profissionais capacitados.

São discutidos temas como machismo, violência e masculinidade entre outros. A novidade deste ano é a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Santa Catarina (OAB/SC). Mayara de Andrade Bezerra, advogada indicada pela Comissão de Direito da Vítima e Combate à Violência Doméstica da OAB/SC, orienta um encontro preliminar com os homens para tirar dúvidas sobre o que é a Lei Maria da Penha, o que são as medidas protetivas e para que servem os grupos reflexivos.

O Juizado da Violência Doméstica da Capital encaminha esses homens ao grupo reflexivo, cuja participação não constitui pena, mas uma intervenção técnica com o objetivo de prevenir a violência. O projeto é desenvolvido sob a coordenação do professor Adriano Beiras (UFSC). Denominada de Projeto Ágora, a ação fomenta a criação, consolidação e execução de grupos reflexivos no Estado. Deu tão certo que rendeu a produção e a publicação de uma trilogia sobre grupos reflexivos, o mais completo mapeamento a respeito do assunto no Brasil.

Uma das autoras da trilogia, Michelle Hugill, secretária da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), do TJ, acredita que a importância dos grupos reflexivos vai além da efetividade das medidas protetivas de urgência. “É também uma ferramenta de prevenção, para que outras ações de violência não aconteçam”, afirma. 


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